Nos anos 50, um grupo de dançarinos de Odissi se organizou para reestruturar e revitalizar a dança Odissi, e obter seu reconhecimento como uma das danças clássicas da Índia. Neste momento de Independência da Índia, toda forma de afirmação como um país era reforçada, e através da Arte isso se dava de maneira mais intensa. Este grupo chamava-se Jayantika, e dele faziam parte os conhecidos gurus Kelucharan Mohapatra (in memorian) e Guru Mayadhar Raut (reside em Deli, India, onde situa-se sua escola). Eles e outros bailarinos que posteriormente também tornaram-se gurus, definiram como itens necessários para uma apresentação em palcos as seguintes composições:
MANGALACHARAN - item introdutório, com saudação à Bhumi (Terra) e oferenda de flores à divindade. Segue a interpretação de uma oração (que pode ser para Ganesh, Sarasvati, Shiva, Durga, entre outros) e para terminar uma saudação a Deus, aos mestres e à audiência.
PALLAVI: composição em dança pura Nrtta, sobre algum raga da música clássica indiana. Movimentos elaborados que vão se desenvolvendo e tornando-se mais intrincados. Pallavi significa florear.
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| ANDREA ALBERGARIA - WORKSHOP SESC VILA MARIANA - SP - BRASIL |
BATTU: item dedicado a Shiva e a corte de músicos celestiais (gandharvas) e as dançarinas (apsaras).
ABHINAYA: interpretação de textos poéticos, principalmente sobre o Gita Govinda, de Jayadeva, século XII, que relata a união de Krshna e Radha. Para o abhinaya é necessário anos de formação técnica em dança pura, para que o intérprete possa estar apto a interpretar as rasas (sabores, sentimentos).
MOKSHA: no hinduísmo Moksha é o que todo devoto aspira: a libertação do ciclo vicioso de vida e morte. Moksha , dentro da dança Odissi, é o item dedicado a Parvati, consorte de Shiva, e é a Grande Mãe.
